Saturday, February 17, 2007

O bizarro mundo da Letras

Minhas aulas do mestrado começaram. Logo que passei, comentei com algumas pessoas que tava felicíssima, mas que tinha medo dos meus novos coleguinhas. Aquelas que não eram da Letras, ficavam meio abismadas e não davam muita confiança. Pois bem:no primeiro dia de aula de teoria fonológica (sim, tenho fonologia E sintaxe gerativa. Desgraça pouca é bobagem...), o professor começa com aquela aula mais básica do mundo, pra "desenferrujar", segundo ele. Mais da metade da sala olhava pro cara como se ele estivesse falando uma língua de outro planeta. O grande problema das pessoas da Letras é que, quando elas não entendem as coisas (ou seja: 90% das vezes), elas têm uma necessidade incontrolável de falar merda, como se isso disfarçasse o fato delas serem antas. Um cara do meu lado (sim, eles SEMPRE sentam do meu lado) o Zé Ma...né (boa maneira de preservar a identidade secreta do nosso herói!) dispara a falar que nem pobre na chuva. Ele conseguiu falar desde a alfabetização de crianças até o problema fonoaudiológico (!) que ele teve na infância. Eu só não apelei demais com ele pq prometi pra mim mesma que vou ficar na minha nas aulas, evitando ser odiada como sempre... Mas, quando a aula terminou, o professor perguntou: "Algum problema? Você tava com uma cara de quem ia ter uma convulsão a qualquer momento!" Sábio professor...

Friday, February 02, 2007

Tilapa

Acabei de voltar do bar do Tilapa (em 7 lagoas). Fazia tempo que eu não ria tanto de pessoas! O Luizinho, amigo meu e da minha mãe (sim, nós temos amigos em comum :P), merece um destaque especial.Ele começou a ficar chapadaço de vinho e: "Ou! Ou! Como é que chama mesmo??" Dois minutos de raciocínio árduo e ele grita: "Ô, Cojak!!" Detalhe que Cojak é o dono de um outro bar! O nome do dono do que estávamos era Tilapa. Pouco tempo depois, despenca um toró brabo. A gente resolveu se abrigar debaixo de um toldo, já que a nossa mesa estava na rua. Luizinho começa a gritar: "Yemanjá vai me levar!!!" Passa um tempinho, ele, com os olhos arregalados, fala: "Pior que hoje é dia dela!" E, de fato, hoje é dia dois de fevereiro! Depois, do nada, ele vira pra mim (repare no português correto!): "Fale-me sobre Schopehauer!" TIPO ASSIM!! É uma conversa propícia para bares, né? No fim das contas ele, todo molhado, resolve querer sentar no meu colo. No que eu o empurro, ele toma um capote e grita: "Yemanjá me desequilibrou!!" Depois disso, me aparece um cara chapadaço, mais molhado que o Luizinho e resolve colocar a mãozinha pra fora do toldo pra ver se ainda estava chovendo (isso pq tava O TORÓ). No que ele viu a chuva, deu um gritão: "ÔÔÔÔÔÔÔÔ!!" "CABRUUUUUMMMM!" Um trovãozão responde! A galera quase desmaiou de rir. No que a chuva foi aumentando, foi todo mundo saindo do toldo e se espremendo na parte de dentro do bar. De repente, a luz acaba! Aí fi a festa da galera! Todo mundo griando "UHUUUUUUUUUUUU!!!!!" Depois que a luz voltou, um engraçadinho, virava e mexia, piscava a luz. Ah, pra quê! Era a conta da luz piscar e a galera ir ao delírio! Nessa brincadeira toda, foram horas! Mas horas de diversão garantida!