Fui a quatro peças:
AS FOLHAS QUE RESISTEM AO VENTO (Benin)- Peça de abertura, o que significa que deveria ser fodona! Mas nem foi... A primeira decepção que tive, foi ver os negões pintados de branco... Depois soube que é pq eles se pintam de branco nos rituais. Achei meio artificial, sabe? Essa coisa ritualística no palco não me comoveu nem um pouco... Na verdade, cheguei a dar uma cochilada. :P Mas as outras pessoas que foram comigo, assim como amigos que encontrei lá fora, TAMBÉM deram uma cochilada. Ou seja: fracasso total. Tinha dado um desconto pq não fui inteligente o suficiente pra sacar a história da dança. Mas aí, encontro uma pessoa entendida de teatro, dizendo que não conseguiu compreender o início, o meio e o fim do negócio. Daí vi que o problem não era comigo...
ARKA (Polônia)- Teatro de rua que ocorreu no dia da abertura. Achei muito bonito! O legal é que, a cada hora, eles apareciam num lugar diferente da Praça da Estação, o que gerou um efeito de caos (o público corria de um lado para o outro pra tentar acompanhar), reforçado pela presença maciça de fogo (a todo momento, apareciam coisas pegando fogo).
UMA MÃE CORAGEM E SEUS FILHOS NO PURGATÓRIO (França/Espanha/Chile)- GENIAL!! GENIAL!!!!! Das melhores peças que já vi na vida. Era uma releitura contemporânea do inferno de Dante. Muita performance e pouco texto (o que é fundamental no teatro, pra mim). E os caras faziam de tudo: cantavam, dançavam, faziam coisas de circo... E o texto, quando apareceia, era MARAVILHOSO! E foi lindo tb ver gente falando francês e gente respondendo em espanhol (ainda mais que entendo os dois, daí não fiqui perdida entre olhar pro palco e pra legenda... ainda bem!)
HYSTERIA (São Paulo) - Pra qum é fanática por Psicanálise feito eu, foi ótimo! São quatro mulheres que, na realidade, mostram diferentes faces da mulher. O lugar que escolheram pra encenar também ajudou muito a criar um efeito cênico: foi no Museu Mineiro, numa sala em que os vidros produziam uma luz azul, bem propícia ao contexto da peça: um hospital de histériacas do fim do séc XIX. As mulheres que foram assistir eram parte integrante das histéricas do hospital, enquanto os homens ficavam na platéia. Na verdade, foi bom para esclarecer alguns questionamentos internos que venho me fazendo...