Friday, December 19, 2008

Sonhei que casava de noiva na igreja com um completo desconhecido. Amélia talvez seja meu último suspiro...

Fui a uma festa de confraternização hoje. Sim, a uma festa de confraternização. Não, não teve amigo oculto. Só o melhor pavê de todos os tempos ever

Monday, December 15, 2008

Minha avó é uma pessoa um pouco amarga. Atualmente, ela está com câncer. Nunca a vi reclamar, perguntar prognósticos aos médicos ou como será o tratamento. Outro dia, o médico que a acompanha há mais tempo chorou e disse que queria que todos os pacientes fossem como ela. Ela não deixa de reclamar porque desacreditou. Ao contrário: ela tem tanta fé, que é tranqüila. Sempre achei que a fé fosse uma coisa estúpida. Pela primeira vez em anos, consigo admirar uma pessoa com fé. Não é só uma fé em Deus: é uma fé nas pessoas, na vida, nos médicos. Uma fé que vem sorrateira e sem alarde. Minha avó perdeu um filho de 33 anos, o únco que cuidava dela. Teve um marido horrível e tem filhos completamente desequilibrados. Ela não se assusta quando o telefone toca de madrugada ou quando algum filho some no mundo. Sustentou toda uma família na ponta da agulha de bordado. Toma leite que o leiteiro entrega na porta, faz roscas e quitutes e lê a Bíblia. Deve ganhar um salário mínimo de aposantadoria, mas compra remédios de pressão, faz compras e sobrevive dignamente. Eu tenho 24 anos, já tomei anti-depressivos três vezes, quero fazer doutorado e ganhar mais de 5000 reais. Definitivamente, não se fazem mais mulheres da estirpe da minha avó. Ela não olha para o que não tem. Acho que também não olha para o que tem. É um olhar que não consigo captar porque é distante do meu mundo e dos meus propósitos. Não sei falar se é um olhar mais feliz, mas certamente é menos cético que o meu.

VÓ, EU TE AMO DEMAIS!!!!!

Tuesday, October 28, 2008

Aleatoriedades

Depois de receber um amigo diplomata aqui por alguns dias, eu jurei pra mim mesma que ano que vem arrumo um emprego fixo e decente (= que pague bem). Jurei também que compro um ventilador essa semana. Jurei também que termino ou meu pré-projeto de doutorado (há duas semanas, tinha orientador, mas não tinha projeto e nem corpus. Há uma semana, tinha orientador, corpus e não tinha projeto. Essa semana, tenho orientador, corpus e um pedaço de projeto). Jurei que vou voltar a fazer análise direito (it means: falar mais e chorar menos). Jurei que vou realmente fazer esforço pra engordar meus preciosos quilinhos de novo.

Voltei a ouvir música, mas continuo mais anti-social que nunca. Fui assaltada de novo (ao menos foi só a carteira dessa vez porque o celular não estava à mão...) e preciso tirar todos os documentos de novo. Fiquei feliz em não ter que mudar de cidade por causa do novo prefeito. Quero ir pra um congresso em Lousanne ano que vem. Meu humor sarcástico tem dado mostras às vezes. Minha falta de paciência com pessoas gritando no meu ouvido tem batido o recorde mundial.

Thursday, October 23, 2008

BTW, achei meus óculos. Estão arranhados (acho que já estava assim antes :P), mas servem pra aliviar a visão quanto estou em frente ao PC...

O Tom de Quintão

http://www.youtube.com/watch?v=W4w7FUl9e_Y

É incrível como ainda é possível que um simulacro deleuziano de Collor corra o risco de ganhar as eleições... (Se bem que é possível, já que o original ganhou de novo...) E não me venham com chorumelas em relação ao meu post pseudo-pedante!

Saturday, October 18, 2008

Óculos

Faz uma semana que perdi meus óculos. Desde três anos de idade, eu os uso. Lembro que quando os coloquei, tudo "ficou clarinho", como pro Miguilim do Guimarães (aliás, essa é uma das partes que mais me emocina no livro). Meus óculos (assim como meus cabelos) são uma espécie de autobiografia: projetam no exterior uma profunda imagem do interior. Fiquei pensando, inclusive, sobre a mudança dos penúltimos óculos para os últimos: fui de um destaque dos óculos num pesado acetato preto, para uma tentativa de destaque dos olhos com as lentes anti-reflexo. Junto com os óculos, comprei um kit de maquiagem. Eu nunca usava maquiagem porque achava que ela servia para esconder algo. Ledo engano: a maquiagem realça e revela, e talvez por isso mesmo eu a evitasse. Ser uma "garota de óculos" sempre foi mais confortável do que "ser uma garota de olhos verdes". (Ironicamente, o único lugar em que uso maquiagem, é nos olhos...) Por falar em conforto, os primeiros dias sem os óculos foram um verdadeiro inferno: dor de cabeça insuportável, dor no fundo dos olhos e uma sensação de que eu não sobreviveria mais um dia daquele jeito. Depois, a dor de cabeça sumiu completamente. Foi aí que eu lembrei que o oculista havia dito que, tecnicamente, eu não preciso de óculos porque o meu grau é residual. Mas logo descartei a idéia de ficar se eles: os óculos fazem parte de uma imagem corporal. Ficar sem eles é o mesmo que acordar com um nariz completamente diferente do que eu tenho. O problema da perda dos óculos é que, diferentemente de uma pessoa que acorda com outro nariz, eu não fiz um plano estratégico (e psicológico) para uma nova imagem, o que significa simplesmente que eu não elaborei esse desejo na minha cabeça. Eu acordei e os óculos não estavam ao lado da cama. Refiz todos os meus passos do dia anterior e os óculos não apareceram. Já perdi a esperança de encontrar a minha terceira perna (que é útil para quem não tem as duas outras fucionando bem, mas completamente sem sentido para quem as tem funcionando), mas a última coisa que eu sinto agora, é conforto. O que será que eu perdi quando perdi os meus óculos?

Monday, October 06, 2008

Vício

Tô completamente viciada na "Anthology of American Folk Music". Acho que sou capaz de ficar horas escrevendo na frente do computador. Consigo até mesmo fazer tabela repetitivas por horas, desde que esteja tocando isso no som. Faz tempo que não descubro algo que realmente acho foda, em termos de música. OK, não tenho procurado muito e ando com preguiça de garimpar novas bandas. OK, a antologia é mais velha que minha avó e já a tenho no computador há muito tempo. Mas é algo inexplicável o tanto que gostei. Fazia tempo que não sentia isso por uma música, filme livro ou qualquer coisa do tipo. OK, agora troquei todas as "coisas nobres" por seriados norte-americanos. Mas a antolgia foi algo por que eu realmente me apaixonei. Quem não ouviu ainda, tá perdendo!

Tuesday, September 16, 2008

Hoje foi o dia mais cansativo que tive nos últimos 24 anos...